Ana González nasceu em Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas Canárias, território ultramarino pertencente à Espanha, no ano de 1951. Migrou para o Brasil com sua família quando tinha apenas dez anos. As artes plásticas e visuais estiveram presentes desde cedo na sua trajetória pessoal, seu pai era fotógrafo e tanto seu avô como uma tia, pintores. Em Curitiba, frequentou dos 12 aos 18 anos de idade a Escolinha de Artes do Colégio Estadual do Paraná. Na Fundação Cultural de Curitiba trabalhou por 31 anos, destacando-se como gestora cultural e diretora do Museu da Gravura de Curitiba. Artista de múltiplas linguagens e experimentações, reconhece que iniciou desenhando para só depois submergir no universo da gravura. Durante 25 anos, coordenou o ateliê de gravura daquele museu – onde desenvolveu suas primeiras experiências curatoriais e de produção de exposições. Além disso, a sua inquietude e fazer artístico levaram-na a experimentar outras formas de se expressar – através de instalações, objetos, fotogramas, intervenções tanto em espaços internos como no espaço da cidade. Tudo isso restou sistematizado em inúmeros livros e publicações de sua lavra. Segundo a própria artista, no seu processo de produção, enfatiza fortemente a experimentação, percorrendo caminhos inusitados ou pouco convencionais: “vou lançando mão ou inventando o necessário para a realização de cada novo trabalho e, entre os temas que me interessam, busco abordar questões que tocam as relações entre os indivíduos em sociedade, das quais emerge frequentemente temas relacionadas à mulher através do questionamento do seu corpo físico, afetivo, emocional, social e político. Ana interagiu com Masanori Fukushima durante a década de 2000, quando ele passou a frequentar o atelier de gravura, aventurando-se na técnica da xilogravura. Dessa relação de intercâmbio de experiências resultaram alguns lindos trabalhos de gravura e uma amizade que se estendeu ao círculo familiar do seu aluno.
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