Nascido em Kobe, Japão, no ano de 1931, Masanori Fukushima teve uma infância e adolescência sofrida, impactada pela Segunda Guerra Mundial. Ainda frequentava a escola quando viu sua cidade natal ser bombardeada. Mudou-se para Hiroshima e também foi testemunha da bomba atômica. Sem nunca parar de trabalhar em diversos ofícios, sua tenacidade o reconduz aos estudos. Depois de um ano cursando Matemática, opta pelo direito, formando-se em 1964 pela Universidade de Hitotsubashi, em Tóquio. Vem ao Brasil como bolsista da Universidade de Hyogo. Sempre curioso e ávido por transpor limites geográficos e culturais, fez mestrado em Sociologia na Universidade de São Paulo, onde conheceu a esposa, Maria Cristina Wiechmann Fukushima, e com ela voltou ao Japão. Teve vários cargos importantes oficiais e tornou algumas vezes ao Brasil em missões culturais incentivando o contato Brasil/Japão. Notório brasilianista, foi professor universitário honorário da Universidade de Takushoku, em Tóquio, até a sua aposentadoria. Nessa rotina de idas e vindas ao Brasil, fez o doutorado em Curitiba, pela Universidade Federal do Paraná, concluído em 1985. As artes começaram a fazer parte de sua vida na década de 90, no Japão, quando Masa entra para a Josuikai, associação de ex-alunos da universidade onde se formou. Além de manter as atividades acadêmicas, passa a fazer cursos com artistas renomados da época. Foi também pela Josuikai, reconhecida pelo Ministério da Educação do Japão, que Fukushima formou-se mestre em Shodō, a prática artística da caligrafia japonesa. Com obras que apresentavam referências ao Shodõ, o artista participou da exposição Nikaten, uma das mais antigas e prestigiosas competições de arte no Japão. Ao mudar-se definitivamente para o Brasil, passou a residir em Curitiba e dedicar-se exclusivamente à sua arte. Rapidamente se integrou ao meio artístico da cidade, frequentando diversos ambientes, como as oficinas de Gravura do Solar do Barão, os cursos do Museu Alfredo Andersen, as reuniões da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná (APAP), o Centro de Artes Plásticas da artista Rosa Bruinjé e as oficinas dos Festivais de Inverno da UFPR em Antonina, entre outros. Sua trajetória inclui diversas exposições coletivas e individuais, entre elas a mostra no hall da Livraria Cultura, em São Paulo (2002), a individual no espaço cultural do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/ 2004), a coletiva na galeria da APAP (1998), e a exposição ¨Natureza e Harmonia¨, no Espaço Cultural Mokiti Okada (2003), ambas em Curitiba.