Descrição
Tudo começou quando em meio às modorrentas “madrugadas mênstruas” dos sonetos insossos, em meio às infindáveis páginas iniciais de ‘Iracema’ nas aulas de português do ginásio estadual, tropecei no poema “stop / a vida parou / ou foi o automóvel?”.
Pouco tempo depois também ouvi dizer que “uma rosa é uma rosa é uma rosa” também era poema!
Desde esses dias de pré-adolescência em diante, minha curiosidade por textos estranhos e desafiadores estava irremediavelmente instalada. Saíram as metáforas, entraram as metonímias.
E quase uma década depois, já em Curitiba, descobri que meu passado havia me condenado à semiótica desde sempre.
Aqui acabei reencontrando Drummond e Gertrud Stein, mas agora em nova clave: Décio Pignatari, teoricamente crescido desde o “uma rosa…” comentado em Marília, SP, em 1968, mais Augusto e Haroldo de Campos, vêm, desde então, augurando meu arado no campo do exercício da prática verbi-voco-visual da palavra poética e da reflexão semiótica a respeito do design de poemas e livros.
E aqui também acabei encontrando dois caras geniais: Stéphane Mallarmé e Charles Sanders Peirce.
A. Puppi
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