Descrição
A jornada para a publicação de um livro requer ao menos três coragens: a primeira é a coragem de transformar suas ideias em palavras, de colocá-las no papel; a segunda é a de mostrar isso para alguém, pois um texto na gaveta é como o vento sem ter nuvens para soprar ou o moinho sem ter o vento que o movimente, um texto precisa de leitura para ter significado; e finalmente a terceira coragem, a de publicar.
Célia Moro teve essas três e outras tantas coragens. Desbravou cada uma dessas etapas e alcançou a linha de chegada, deixando para trás muitos obstáculos, que certamente fortaleceram a sua jornada.
Publicar este livro não foi um mero acontecimento, foi a realização de um sonho. Acostumada com os números, a autora não trocou seis por meia dúzia, foi além, pintou o sete, multiplicou as ideias, adicionou a determinação e subtraiu as incertezas. Ainda no campo das coragens, temos um título pra lá de corajoso: As faces do antagonismo. Não se trata de lados, mas de faces, ou seja, aqui a poesia se encontra face a face com o leitor, ela olha nos olhos de quem a lê. No poema A casa, por exemplo, ao ler a primeira estrofe, já comprovamos isso. Em Uma boa companhia, um poema fabuloso sobre estar a sós consigo mesmo. Em A guerra, uma reflexão sobre essa terrível e temível faceta do ser humano. No poema O recomeço, quanta ternura para falar do assunto pós-guerra. Enfim, este livro é uma sinfonia de coragens, é uma fortuna para nossa leitura, é a
poesia que borbulha nas palavras da Célia Moro.
Ótima leitura!
Alvaro Posselt
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